Escrita
 

Xilogravura:

Xilogravura no Brasil

Muito difundida no Nordeste e sempre associadas à Literatura de Cordel, uma vez que a partir do final do Século XIX passaram a ser utilizadas na produção de capas dos folhetos. Anteriormente, a xilogravura tinha uso considerado "menos nobre", como a confecção de rótulos de garrafas de cachaça e outros produtos. Sua grande popularidade veio com o Cordel.

A origem da xilogravura nordestina até hoje é ignorada. Acredita-se que os missionários portugueses tenham ensinado sua técnica aos índio brasileiros, como uma atividade extra-catequese, partindo do princípio religioso que defende a necessidade de ocupar as mãos para que a mente não fique livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado.

Impressão

As técnicas de impressão foram desenvolvidas inicialmente na China, no século VIII, entretanto só passaram a ser utilizadas na Europa, por volta do ano de 1430, quando Coster, na Holanda, iniciou a impressão de livros com a utilização de caracteres móveis de madeira, razão pela qual é considerado por muitos como o pai da imprensa.

O crédito da invenção da imprensa, no entanto, foi dado a Gutenberg, alemão, que substituiu as pranchas xilográficas por caracteres móveis de madeira, depois pelo cobre e, finalmente, pelo aço. Criou um processo que consistia em cunhar as letras em matrizes de cobre, com um punção de aço com letras gravadas em relevo, gerando uma espécie de molde de letras, que eram finalmente montadas em uma base de chumbo, tintadas e prensadas. Assim, Gutenberg produziu a primeira Bíblia, impressa em latim, com uma tiragem de cerca de 300 exemplares.


A Bíblia de Gutenberg

Oficina gráfica



Letras metálicas

As mudanças econômicas, culturais e tecnológicas ocorridas na Europa, a partir do século XV; tais como desenvolvimento da metalurgia, o fabrico do papel e, principalmente, a explosão intelectual ocorrida com a Renascença; possibilitaram o surgimento das primeiras imprensas.

A produção dessas imprensas foi inicialmente restrita a reprodução de manuscritos religiosos. Em 1476, William Caxton deu o primeiro passo na utilização da impressão como veículo para a promoção e divulgação da literatura, estabelecendo, na Inglaterra, a primeira tipografia. Caxton editou, imprimiu e distribuiu mais de 90 livros escritos em língua inglesa. Gradualmente as inovações tecnológicas foram sendo introduzidas aos métodos de impressão: fabricação mecânica de papel (1798), prensas rotativas (1803), sistemas fotográficos de gravação de matrizes (1859) e métodos mecânicos de composição de tipos móveis, monotipo(1894) e linotipo(1886).

O desenvolvimento da composição fotomecânica marca o fim da época da composição a quente, com ligas de metal fundidas e o início da composição a frio, seguida pelas tecnologias fotográfica e eletrônica.

"A invenção da imprensa é o maior acontecimento da história. É a revolução mãe... é o pensamento humano que larga uma forma e veste outra... é a completa e definitiva mudança de pele dessa serpente diabólica, que, desde Adão, representa a inteligência."

Victor Hugo, Nossa Senhora de Paris, 1831

E-books

O livro eletrônico é editado para distribuição via Internet não passa, portanto, pelos processos tradicionais de edição e venda, possibilitando, assim, que as editoras cortem custos de impressão e comercialização, o que reduz o seu preço em relação ao das publicações em papel.

O ebook, além de poder ser lido em desktops, laptops ou palm pilots, possibilitou o desenvolvimento de opções totalmente novas para leitura digital, os ebooks readers. Atualmente os modelos mais conhecidos no mercado são: Rocket e-book (Nuvomedia) e Softbook (Softbook Press). Ambos permitem ao usuário fazer anotações, marcar trechos, pesquisar palavras ou regular a luminosidade da tela.

Estão em funcionamento vários sites brasileiros, onde é possível fazer download de ebooks, alguns deles disponibilizados gratuitamente. Em sua maioria, funcionam, além de livrarias virtuais como editoras eletrônicas que possibilitam a qualquer autor levar sua obra diretamente aos leitores. Essas editoras eletrônicas têm demonstrado grande preocupação em garantir os direitos autorais. Para impedir a reprodução não autorizada dos trabalhos, utilizam a criptografia, recurso para transmissão de dados que codifica os arquivos enviados na Internet de forma que só podem ser lidos com a utilização de chave pessoal e senha previamente estabelecidas.

Hipertexto

O hipertexto tem como princípio básico a construção de estruturas não lineares, que permitem ao usuário buscar informações utilizando seu próprio caminho, navegando em uma rede de nós, conectados por ligações que o levam a outros textos, imagens, sons ou vídeos. Os links desdobram-se, em um ambiente aberto à exploração e ao movimento.
Essa natureza não linear, ao contrário do texto impresso, não impõe ao leitor uma ordem hierárquica de frases, parágrafos, páginas e capítulos a serem seguidos. O hipertexto possibilita a disponibilização, na tela, de sugestões de caminhos, cabe ao usuário escolher qual trilha no ciberespaço vai seguir, não há, portanto, somente recepção, ele interfere, interage com o texto de forma imediata.

Outra característica que diferencia o hipertexto do texto impresso é a sua facilidade de atualização, já que admite a inclusão de novos elementos a qualquer momento, num processo dinâmico de composição do contéudo, enquanto na publicação impressa o conteúdo só se altera em outras edições.
Atualmente os trabalhos desenvolvidos em linguagem hipertextual, a exemplo do que ocorreu com o surgimento da televisão, quando os telejornais utilizavam filmes documentários, reportagens de jornais ou correspondentes de rádio, ainda reproduzem a estrutura linear e estática das publicações impressas. Na maioria dos trabalhos disponíveis na Rede ainda não são exploradas todas as potencialidades da nova mídia.

Bibliotecas virtuais

O avanço tecnológico possibilitou o crescimento da utilização de mídias digitais numa velocidade vertiginosa, ampliando, assim, significativamente a capacidade de se distribuir informação. Principalmente na Internet, onde é possível acessar além de livros, revistas ou jornais disponíveis 24 horas por dia, em prateleiras virtuais de “bibliotecas sem paredes”, situadas no ciberespaço.

Localizar a informação desejada, no entanto, é uma tarefa árdua para os internautas, já que atualmente não existe praticamente nenhum controle sobre o material disponível nos 72 milhões de servidores conectados à Rede em todo o mundo. Além do que são incluídos diariamente cerca de 3,3 milhões de novos sites, o que dificulta a utililzação de ferramentas de busca, que com freqüência devolvem como resposta às pesquisas um número muito grande de informações, muitas delas repetidas ou irrelevantes.

Nesse contexto fez-se necessário o desenvolvimento de estruturas que facilitassem o acesso a estas informação caóticas: as bibliotecas virtuais, que funcionam como portais especializados, fornecendo seleções de sites com temas específicos.

Escrita no Brasil

Com a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500, surgiu a primeira correspondência oficial ligada ao País a qual, escrita por Pero Vaz de Caminha e enviada ao Rei de Portugal, relatava com notório entusiasmo o descobrimento de uma nova terra. Em 1500 é escrita por Pero Vaz de Caminha uma carta ao Rei de Portugal, narrando as características da terra recém-descoberta. Essa carta ficou conhecida como Carta de Caminha, que é considerada a Certidão de Nascimento do Brasil, por ser o primeiro documento oficial sobre o País. A Carta de Caminha se encontra atualmente guardada na Torre do Tombo, em Lisboa/Portugal.

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Carta antiga

Carta antiga por volta de 1885 da família de Izabel Cecchini, que dizia:

"Querido mano.

Recebi tua amavel cartinha, que encheu-me de prazer. Estou muito acostumadam e vou indo bem de estudos. O collegio é muito bom, ensina tudo que uma moça deve apprender, como perguntaste na tua carta.

Já estive muitas vezes com o Padrinho Amador depois que te fostes d'aqui. Hontem estive com elle que veio visitar-me. Disseste que minha lettra está bonita, pois é verdade que está muito melhor agora, porem linda não..."


Carta antiga

Fonte: Casa do Manuscrito

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