Espanhóis
   

Razões da Imigração Espanhola para o Brasil

Fazer a América!"

Este grande sonho do imigrante significava a perspectiva de acesso à propriedade da terra, às oportunidades de trabalho e à fortuna fácil.

A partir do século XIX, intensificou-se o movimento migratório espanhol, provocado:
1-
pelo desenvolvimento industrial tardio da Espanha
2- por problemas econômicos decorrentes da manutenção de uma estrutura fundiária arcaica

Até o ano de 1900, cerca de dois terços da população espanhola viviam direta ou indiretamente do cultivo da terra. Mas com a elevação da taxa de natalidade e redução dos investimentos no campo, tornou-se impossível para uma família sobreviver dos rendimentos da lavoura. Minifúndios paupérrimos continuavam submetidos ao pagamento de pesados impostos e os pequenos e médios proprietários viram-se obrigados a abandonar povoados e vilas do interior, ao lado dos lavradores que só dispunham de sua capacidade de trabalho.

Do campo migravam para centros urbanos, na expectativa de emprego na indústria ou no comércio. Mas a cidade os rejeitava pois, analfabetos, na sua grande maioria, não tinham qualificação para o trabalho fabril. O passo seguinte consistia em tomar o caminho do porto mais próximo e tentar o embarque no primeiro navio que zarpasse em direção ao Novo Mundo.

 

Perfil do imigrante

Segundo os registros dos órgãos governamentais que, no Brasil, controlavam a entrada e saída de imigrantes (fontes oficiais de informações), o perfil do espanhol típico que aqui chegava (imigrante) era adulto jovem, do sexo masculino, oriundo das zonas rurais e costumava viajar desacompanhado mesmo quando casado. No entanto, deve ser considerado com um certo cuidado o registro de sua origem rural. Há fortes indícios de que para fazer jus às passagens subvencionadas, os candidatos ao subsídio costumavam declarar-se agricultores, contando com a conivência dos agentes e das companhias de navegação.

No Brasil a imigração espanhola teve um caráter predominantemente urbano.

Nos séculos XIX e XX, manteve-se o fluxo migratório espanhol para o Brasil, mas seria, então, principalmente o galego, não mais o castelhano. No cotidiano das grandes cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, acabaria confundido com o português que, por sua vez, seria chamado com freqüência de galego.

Importância numérica do imigrante espanhol no Brasil

Apesar de os documentos sobre a imigração espanhola serem dispersos e pouco confiáveis, sabe-se que no decorrer das grandes migrações transatlânticas, os espanhóis representaram o terceiro maior contingente de estrangeiros que escolheu o Brasil como segunda pátria, superado apenas pelos portugueses e italianos.

Confira no gráfico abaixo as diferenças entre os registros brasileiros e os do Instituto Espanhol de Emigração. Apesar da discrepância entre os números das duas fontes, percebe-se que ambas refletem uma única tendência.

A chegada

Mal chegavam à "terra prometida", enfrentavam os mesmos problemas que haviam deixado para trás. Veja-se o caso dos espanhóis que se dirigiram para o estado de São Paulo. Pouco se conhece a respeito do seu paradeiro, após a passagem pelas hospedarias do governo. Tomavam os rumos mais diversos, à exceção daqueles que vinham cumprir acordos de trabalho previamente negociados.

O trabalho e a inserção na vida urbana

A luta pela sobrevivência no novo local de moradia era árdua, qualquer que fosse a cidade escolhida: Santos, Rio de Janeiro, ou São Paulo.

Os recém-chegados, disputavam desde as ofertas de emprego menos qualificado, até os espaços de moradia disponíveis junto aos segmentos mais pobres da população local, sobretudo mestiços e negros que também tomaram o rumo das cidades, após a Abolição da Escravatura.

Ao lado dos portugueses, especialmente no Rio de Janeiro, encontravam trabalho em atividades não-qualificadas, tais como, de estivadores, ensacamento de café, em bares, tavernas, botequins, pensões ou no comércio ambulante. Na maioria das vezes, mal remunerados, submetidos a jornadas de trabalho de até 16 horas, eram vistos como uma "gente trabalhadeira e ambiciosa".

Os galegos

O grupo originário da Galícia, em virtude das suas afinidades étnicas, lingüísticas e culturais com os portugueses foi o que mais se enraizou no Rio de Janeiro. Tanto assim, que a expressão "galego" servia para designar os ibéricos de um modo geral.

Nessa cidade, a comunidade hispânica aglomerava-se em áreas densamente povoadas, não integradas ao plano de obras de remodelação e saneamento da cidade, iniciado em 1902 pelo Prefeito Pereira Passos. Também esta era a área com maior incidência de habitações coletivas, os populares "cortiços".

Os imigrantes espanhóis, portanto, compartilhavam do mesmo padrão de vida dos segmentos menos favorecidos da população carioca.

Sugestão de leitura: Imigrantes espanhóis na cafeicultura paulista, 1880-1930: protagonistas ou coadjuvantes

Símbolos Nacionais da Espanha - Bandeira e Hino Nacional (evolução da bandeira)

"Hino - Marcha Real "

A Marcha Real é o hino nacional da Espanha. É um dos raros hinos nacionais que não tem letra. A música é bastante antiga e data no mínimo de 1761. Foi adotado e abandonado diversas vezes, sendo promulugado pela última vez em 1997. A última letra foi a Franquista (cujo nome foi mudado para ¡Viva España!), abandonado no final do governo de Francisco Franco.


Hino espanhol pode ganhar letra para ser cantado por atletas

Os atletas espanhóis costumam abraçar-se, cantarolar a melodia ou olhar para o céu em silêncio quando é tocado o hino nacional de seu país, conhecido como a Marcha Real. Isso os deixa em desvantagem comparado aos outros países cujos hinos têm letra.

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Conheça um pouco da música espanhola:

 
 

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