Liderança depende de vontade e iniciativa
Assunto/s | Liderança
Autor/es | Intermanagers, redação
Publicado | 11/2001
 
         
     

Ao contrário do que muitos executivos imaginam, a liderança não é inata ou depende das condições sociais, mas depende, fundamentalmente, da vontade individual. "O líder é líder porque deseja essa posição". Esse pensamento sintetiza a palestra "Como vencer através das pessoas na nova economia", proferida pelo renomado especialista em liderança.

Durante cerca de duas horas e meia, Covey mostrou que um dos principais equívocos dos executivos é substituir a competência pelo gerenciamento, ou seja, adotar posturas pré-estabelecidas e mecânicas em vez de tentar liberar a energia criativa das equipes que os cercam. Quando o outro tem a possibilidade de aprender, crescer, tomar decisões e arcar com as responsabilidades de seus atos, a qualidade e a eficiência emergem.

Todos os líderes legítimos, segundo o autor de "Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", devem ser capazes de comunicar o valor e o potencial das pessoas com clareza, ou seja, eles são descortinadores de talentos e potenciais. Mas esse estágio só é alcançado quando o líder é guiado por três princípios que compõem e orientam o seu caráter: a integridade (valores intrínsecos de nossa consciência); o significado (senso de contribuir com as pessoas e causas); e a voz (alinhamento do trabalho com a vocação de cada um).

Essas características são plenamente desenvolvidas quando estão alinhadas a sete hábitos fundamentais para o pleno desenvolvimento das capacidades do ser humano. O primeiro é a pró-atividade, também traduzida como responsabilidade e iniciativa, o segundo, começar um trabalho com um fim já em mente. O terceiro e o quarto hábitos são, respectivamente, priorizar o mais importante e pensar em vitória coletiva (visar os benefícios mútuos). Compreender para posteriormente ser compreendido, criar sinergia e buscar a renovação, completam a lista de hábitos que devem ser adotados.

Para Covey, portanto, as pessoas podem ser proprietárias de seus destinos e fazer com que suas quatro necessidades básicas - viver, amar, aprender e deixar um legado - também sejam transportas ao seu universo de trabalho. "Assim como os seres humanos, as organizações precisam sobreviver, fixar uma cultura de gentilezas e respeito, difundir a flexibilidade entre os seus funcionários e deixar produzir bons produtos e serviços, de tal forma que isso contribua para uma sociedade melhor".

"Os princípios podem ser adotados por todos, em qualquer situação, porque são universais e atemporais, são eles que determinam a integridade de um elemento", exalta o especialista. E completa: "vivemos numa época em que todos querem ganhar, quando, na verdade, o mais vantajoso seria compartilhar a vitória".

Ensinar, enfatiza Covey, é uma ótima forma de aprender, desde que o aprendizado seja colocado em prática e multiplicado para todas as esferas da empresa. A atitude de contribuir para o aprimoramento do outro também motiva uma ligação emocional, o envolvimento necessário para que a harmonia se converta em fonte de integração e entendimento. "Muitos de vocês podem achar minhas palavras interessantes, mas ponderar que estão sendo passadas para as pessoas erradas. Esse é um triste equívoco, pois não importa onde você trabalhe ou sua chefia; você será um líder se for um agente de inovação, influenciando as pessoas à sua volta, positivamente, se proporcionar uma mudança de atitude". É a consciência de que alguém, não importa a hierarquia, o salário ou área de influência, precisa mudar.

Redação - Intermanagers

 
         
         
     
Bibliografia:
 
     
 
         
     
 
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