Saulo 
                                            Figueiredo*
                                          
Estamos 
                                            sem sombra de dúvidas vivendo 
                                            na era do conhecimento. Poderíamos 
                                            utilizar todo espaço deste 
                                            artigo para enumerar as tendências 
                                            que confirmam isso. Economia sem peso, 
                                            educação continuada, 
                                            ativos intangíveis, capital 
                                            intelectual e a gestão do conhecimento 
                                            são apenas algumas das expressões 
                                            mais recentes que confirmam a era 
                                            em questão.
                                          Se 
                                            a informação já 
                                            se fazia importante às empresas 
                                            antes era do conhecimento quem dirá 
                                            hoje em dia. E se a informação 
                                            é tão importante na 
                                            atualidade por que tanta empresa ainda 
                                            não a trata como merecia? Por 
                                            que tantos gestores desconhecem ou 
                                            negligenciam sua gestão efetiva?
                                          Pretendo 
                                            aqui discorrer sobre a taxonomia corporativa 
                                            e seus benefícios. Muito embora 
                                            seja um poderoso instrumento para 
                                            organizar, expor e recuperar informações, 
                                            é curiosamente o modo mais 
                                            ignorado pelas empresas como alternativa 
                                            de apoio à gestão da 
                                            informação. Não 
                                            por acaso, este artigo defende que 
                                            um poder transformador é criado 
                                            quando a curiosidade e o conhecimento 
                                            se unem ao contexto e encontram uma 
                                            boa taxonomia (vitrine de informações) 
                                            para explorar, gerando condições 
                                            excelentes para a criação 
                                            de novos saberes.
                                          Para 
                                            fins corporativos, poderíamos 
                                            definir taxonomia como a organização 
                                            peculiar de um conjunto de informação 
                                            para um propósito particular. 
                                            A organização em taxonomia 
                                            depende de técnicas responsáveis 
                                            por nomear repositórios, classificar 
                                            e organizar informações 
                                            relevantes. Em resumo, a taxonomia 
                                            é um processo dedicado a classificar 
                                            e facilitar o acesso à informação, 
                                            cujo esforço se torna ineficaz 
                                            e inútil pela falta de empatia 
                                            de quem as constrói para com 
                                            aqueles que as utilizarão. 
                                            Veja um exemplo clássico de 
                                            taxonomia na figura 1.
                                          Figura 
                                            1
                                          
 
                                            
                                          Pelo 
                                            modo como normalmente são implementadas 
                                            as taxonomias, ou seja, a partir de 
                                            uma lista de conceitos e categorias 
                                            segundo os quais se organizam hierarquicamente 
                                            os conteúdos (informações 
                                            e documentos) de interesses, uma analogia 
                                            quase inevitável surge: as 
                                            taxonomias são como vitrines 
                                            que expõem as informações 
                                            de maneira organizada hierarquicamente 
                                            e classificadas de modo automático 
                                            no local apropriado.
                                          O 
                                            grande trunfo das ferramentas de taxonomia 
                                            é poder ler grandes conjuntos 
                                            de documentos, provenientes de diferentes 
                                            fontes e, automaticamente, classificá-las 
                                            dentro das pastas/taxonomias correspondentes 
                                            para sua recuperação 
                                            futura quando necessária. A 
                                            figura 2 ilustra este processo de 
                                            identificação da informação 
                                            e sua classificação 
                                            peculiar (cada uma em sua pasta devida).
                                          Figura 
                                            2
                                          
 
                                            
                                          Sob 
                                            o ponto de vista da usabilidade, contexto 
                                            e aderência aos desafios do 
                                            negócio, uma ferramenta eficiente 
                                            é aquela que permite, com facilidade, 
                                            que a construção e a 
                                            gestão das taxonomias sejam 
                                            conduzidas pelos próprios funcionários 
                                            (knowledge workers). As “vitrines” 
                                            (taxonomias) no mundo corporativo 
                                            são muito mais precisas e intuitivas 
                                            quando projetadas e organizadas pelos 
                                            usuários, dentro de particular 
                                            experiência organizacional.
                                          As 
                                            jóias da corporação: 
                                            como expor o que deve ser 
                                            exibido? – O que o 
                                            comerciante faz para vender suas jóias? 
                                            Expõe de maneira organizada! 
                                            Cria e organiza vitrines! O que a 
                                            empresa deve fazer com suas informações? 
                                            Não seriam tão preciosas 
                                            quanto as jóias da joalheria? 
                                            Em nossos dias, “vitrines” 
                                            bem montadas são um grande 
                                            trunfo não só para comerciantes.
                                          A 
                                            vitrine é o ponto chave de 
                                            uma loja, onde são expostas 
                                            as mercadorias para a venda. A vitrine 
                                            atrai e exerce forte influência 
                                            sobre aqueles que entram na loja e 
                                            sobre os resultados do estabelecimento. 
                                            Com isso, tanto no comércio, 
                                            quanto nas corporações 
                                            (pela força das taxonomias), 
                                            a falta de vitrines ou mesmo as vitrines 
                                            mal feitas simplesmente repudiam bons 
                                            resultados.
                                          Pela 
                                            valorização das “Jóias 
                                            da Coroa”, vitrinistas da informação 
                                            ganham força na empresa moderna.
                                          Pés 
                                            no chão: expondo 
                                            apenas o que pode e deve ser exibido 
                                            – O projeto da taxonomia deve 
                                            ser responsável. E para isso 
                                            é preciso ter claro que a taxonomia 
                                            deve exibir a cada usuário 
                                            apenas o que pode e deve ser visto, 
                                            no contexto de suas atividades e atribuições. 
                                            Antes de tudo, as taxonomias devem 
                                            ser planejadas. A taxonomia responsável 
                                            resulta da mais genuína política 
                                            de acesso, disseminação 
                                            e segurança da informação. 
                                            Pressupõe a exposição 
                                            do que há valor com propósito, 
                                            gerando resultado e benefício 
                                            estratégico.
                                          Ainda 
                                            que as taxonomias possam ser personalizadas 
                                            (individuais) e projetadas pelos próprios 
                                            usuários, as fontes de informação 
                                            que alimentam estas taxonomias precisam 
                                            estar protegidas, assegurando que 
                                            as informações que não 
                                            podem cair em conhecimento público 
                                            fiquem isoladas. Devemos aqui evitar 
                                            a exposição ao público 
                                            de informações secretas 
                                            de negócios e isso é 
                                            garantido com segurança das 
                                            fontes exploradas pelas taxonomias. 
                                            A taxonomia é a vitrine; e 
                                            as jóias que serão expostas 
                                            devem resultar do mais genuíno 
                                            planejamento.
                                            05/06/2007 
                                          Figueiredo, 
                                            Saulo Porfírio 
                                          Pós-graduado 
                                            em Engenharia da Informação, 
                                            diretor da Soft Consultoria e consultor 
                                            em GC por esta empresa. É autor 
                                            do livro Gestão do conhecimento 
                                            - rstratégias competitivas 
                                            para a criação e mobilização 
                                            do conhecimento. É professor 
                                            de Pós-graduação 
                                            da FASP.
                                          Fonte: 
                                            HSM online
                                           
                                            
                                               
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                                                    MiniWeb Educação 
                                                    orgulhosa de ser brasileira! 
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