Guerras dos EUA
 
Durante os três primeiros anos da guerra, os EUA exportaram material bélico e alimentos para a Entente. Quando os EUA constataram o desgaste econômico da França e da Inglaterra, enxergaram a possibilidade de assumir o posto de primeira potência, caso a Alemanha fosse derrotada.

Os pretextos para a entrada dos EUA na guerra foram o afundamento de navios americanos por submarinos alemães e o telegrama "Zimmermann", divulgado pela Inglaterra, pelo qual os alemães pretendiam que o México entrasse em guerra contra os EUA, prometendo a devolução dos territórios subtraídos ao México pelos americanos, em caso de vitória.

Em 1917, a entrada dos EUA na França foi massacrante, pois franceses e alemães estavam esgotados por três anos de combates nas trincheiras. Antes do final da guerra ocorreu a Revolução Russa de 1917; os bolcheviques liderados por Lênin firmaram a paz em separado com os alemães. A Alemanha rendeu-se em 1918.

A vitória provocou a transferência do centro financeiro de Londres para Nova York. Os EUA, satisfeitos com o predomínio econômico, decidiram preservar o isolacionismo político e não fizeram nenhuma intervenção política na Europa até a Segunda Guerra Mundial.

Entre Guerras
O declínio do predomínio inglês na América Latina levou ao controle total da área pelos EUA. A crise de 29 levou à ruína os grupos econômicos da América Latina ligados ao capital inglês. Essa elite foi substituída por novos grupos ligados ao capital norte-americano. A ascensão de Getúlio Vargas, através da Revolução de 1930, integra esse quadro. No Pacífico os americanos ampliaram o seu comércio e observaram com cuidado a expansão japonesa na área.
Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)
No início da Segunda Guerra Mundial, os principais protagonistas eram os aliados França e Inglaterra, que enfrentavam o Eixo, composto por Alemanha, Itália e Japão. Os sucessos alemães levaram Hitler a declarar guerra à URSS, em 1941. Nesse mesmo ano, os japoneses atacaram Pearl Harbour, levando os EUA a declarar guerra ao Eixo. Até então os americanos vendiam material bélico e alimentos à França e Inglaterra pelo sistema "cash and carry" (pague e leve).

Com o início do recuo nazista devido às derrotas no norte da África e em Stalingrado, o presidente Roosevelt (EUA), Winston Churchill (1º ministro da Inglaterra) e o ditador soviético Stálin reuniram-se nas Conferências de Teerã (1943) e Yalta (1945). Além de determinar o destino da guerra, esses encontros delinearam as novas fronteiras do mundo, que via surgir uma nova potência, a União Soviética. A guerra acabou com o lançamento das bombas atômicas pelos americanos em sobre Hiroxima e Nagasaki.

Em Yalta, Stálin exigiu o reconhecimento da influência soviética no Leste Europeu, desenhando o mapa da "cortina de ferro". A nova ordem internacional estabelecida opunha o capitalismo ao socialismo, delineando a "Guerra Fria".

Guerra Hispano-Americana (1898)
Em 1823, os EUA criaram a Doutrina Monroe ("A América para os americanos"), que era hostil à qualquer intervenção européia na América. Na época, os países europeus não a levaram a sério.

Cuba era uma colônia espanhola produtora de açúcar, produto que interessava ao mercado interno norte-americano. A violenta repressão espanhola sobre o movimento cubano de independência foi alvo de uma campanha da imprensa americana contra a Espanha.

O navio americano U.S.S. Maine, em "visita de cortesia", inexplicavelmente explodiu no porto de Havana, com a morte de 260 marinheiros. Por esse motivo os americanos declararam guerra à Espanha.

Os americanos venceram e exigiram dos espanhóis a cessão de Porto Rico, no Caribe, e de Guam e Filipinas no Pacífico, pontes para o comércio americano na Ásia. Os espanhóis entregaram as Filipinas por 20 milhões de dólares. Cuba, embora independente, foi submetida à emenda Platt, que admitia a intervenção norte-americana em Cuba sem autorização.

A Guerra Fria (1945 - 1991)
Durante esse período o mundo foi dominado pelo antagonismo entre EUA e URSS. Nos anos 50, durante o governo do general Eisenhower, foi consagrada a Teoria do Dominó, pela qual as fronteiras entre o Capitalismo e o Socialismo eram consideradas definitivas, e nenhum país poderia mudar de lado. Em todos os lugares onde essa ordem fosse ameaçada, ocorreria uma intervenção militar norte-americana. Os soviéticos adotaram uma estratégia semelhante, marcada pelas intervenções na Hungria, Tchecoslováquia e Afeganistão. Os momentos de maior tensão da Guerra Fria foram:
  • Guerra da Coréia (1950 - 1953) No final da Segunda Guerra Mundial, a Coréia foi ocupada simultaneamente por tropas soviéticas e norte-americanas. Foi estabelecida a divisão do país em duas partes, Norte e Sul, tendo o paralelo 38° como linha divisória. Os guerrilheiros do Norte iniciaram incursões ao Sul. A ONU considerou como agressão os atos da Coréia do Norte, o que permitiu a entrada de tropas americanas. Depois de 3 anos de guerra não houve alteração nas divisas.
  • Guerra do Vietnã (1945 - 1973) O Vietnã era uma colônia francesa até a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, o líder comunista Ho Chi Minh proclamou a República Democrática do Vietnã. Diante da Guerra Fria, os franceses retomaram a Cochinchina e tentaram restaurar o domínio sobre o Vietnã. Em 1954, pelos acordos de Genebra, criou-se a divisão entre Norte (comunista) e Sul (capitalista), ao largo do paralelo 17°. Foi previsto um plebiscito sobre a unificação. Porém, devido a radicalização de ambos os lados, não foi realizado. Assim, o Norte teve apoio da URSS e da China, e o Sul apelou aos EUA. Os americanos intensificaram a sua presença nos anos 60, chegando a 550 mil homens, em 1968. O apoio dos civis aos vietcongs (guerrilheiros comunistas) e as práticas terroristas levaram à derrota dos americanos que começaram a se retirar em 1973. Os americanos rotularam a retirada como "Paz com Honra".

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